Programadores e o TDAH
Escrito por Emerson Rocha LuizNeste artigo, escrevo a respeito de uma doença que afeta uma em cada vinte pessoas que visitam meu site. Mais do que apenas copiar e colar conteúdo da Wikipedia, disserto um pouco sobre algumas informações desencontradas a respeito do tema e, aproveito para falar um pouco sobre alguns tratamentos mais ao final. Observe que, mesmo que você não tenha isso, os tratamento os tratamentos que não exigem um remédio de uso controlado, podem servir para ajudar também você a programar de forma mais focada e concentrada. Até porque... se resolve para pessoas que tem problemas para se focar em algo, imagine em uma 'pessoa normal'?
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos 2 contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho).Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno. Entre 30 a 50% dos casos persistem até a idade adulta
Critérios Diagnósticos (CID-10 F90)
Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses.
Com predomínio de desatenção
Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:
- Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras
- Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
- Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
- Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções)
- Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
- Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa)
- Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
- É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa
- Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias
Com predomínio de Hiperatividade e Impulsividade
Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:
- Hiperatividade
- Freqüentemente agita as mãos ou os pés
- Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado
- Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação)
- Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer
- Está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"
- Freqüentemente fala em demasia
- Impulsividade
- Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas
- Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez
- Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em conversas ou brincadeiras)
Critérios para ambos
Em ambos os casos esses critérios também devem estar presentes:
- Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou desatenção que causaram prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.
- Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por ex., na escola [ou trabalho] e em casa).
- Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
- Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico e não são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Dissociativo ou um Transtorno da Personalidade).
Os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade relacionados ao uso de medicamentos (como broncodilatadores, isoniazida e acatisia por neurolépticos) em crianças com menos de 7 anos de idade não devem ser diagnosticados como TDAH.
Ok, agora aonde isso se aplica a programadores?
O texto até aqui foi removido integralmente da wikipedia, e esta nos mesmo padrões que psiquiatras e neurologistas usam para diagnosticar pessoas com TDAH. Se eu o coloco aqui é porque considero importante pelo menos qualquer um dos leitores do meu site saberem que isso existe, e, se por acaso lhes foi familiar, ir em um especialista, e ver se realmente tem essa doença.
Se posto isso aqui é também para quebrar um pouco esse tabu e preconceito, tanto por parte do pessoal que tem isso já diagnosticado, como por parte dos que sabem que poderiam ter, mas se negam a ir mais a fundo e descobrir porque consideram agressivo a ideia de partir pra tomar remédios. Qual o problema, se o principal remédio usado não só é tarja preta como também exige uma receita média especial, que só pode ser dada por neurologistas e psiquiatras, e que só é usada para dois remédios. Ok, o outro é morfina, mas... não é bem assim.
Nesse artigo, vou falar de minhas experiências pessoais minhas, de pessoas a minha volta e, de quebra, também aproveitar o que eu sei de fisiologia, e já dar alguns comentários sobre algumas coisas que ou ouvi, ou já li, e que, com todo o respeito, não considerei plausíveis as justificativas.
Transtorno de déficit de atenção e Hiperatividade, do ponto de vista fisiológico
Dopamina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dopamina
Noradrenalina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Noradrenalina
@todo: escrever mais.
Aonde os psicólogos, educadores e o pessoal naturalista em geral erram
Um preconceito das doenças afetam a mente é que, por ser algo mental pode ser resolvido apenas conversando. Para essas pessoas, pare e pergunte se elas sabem o que é dopamina e serotonina (não, não vale perguntar adrenalina), e espere uma resposta clara e objetiva. Elas responderam alguma frase curta ou mensagem padrão? Ok, agora diga para elas associarem isso a um TDAH, e combe a pergunta com 'é verdade que há diferenças entre neurotransmissores em pessoas?'. Se alguém passar por todos esses passos, e ainda querer insistir que 'dá pra resolver só conversando' me avise.
É fato que para algumas pessoas, de fato, um acompanhamento não medicamentoso resolve e, até mesmo aos que tomam remédio, esse acompanhamento melhore o contexto geral. Minha crítica aqui é com pessoas que querem insistir em achar que tomar remédio, nesse caso, é desnecessário.
Tratamentos (ou soluções de contorno) para TDAH
Musicoterapia
Visite Musicas para programar para ver algumas recomendações minhas.
@todo: escrever mais.
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