Full-stack developer Emerson Rocha .::. CMS Joomla!, PHP, JavaScript/NodeJS, Infraestrutura

Via indicação de um colega, recomento em especial para quem é programador, ou então qualquer um que lide diretamente com criação de interface de usuário, a leitura do link Projeto de Interface com Usuário para Programadores, do autor Joel Spolsky, e que já está traduzido para o português, e já e aproveito para ressaltar alguns pontos.

Pessoalmente gostei da abordagem do tema. Não que seja algo novo, tanto o conceito quando o que é apresentado, mas ao reunir a informação em um só local, sem necessariamente se aprofundar a um nível em que um programador que não tem extrema obrigação de saber além do que já sabe de interface de usuário não se sinta oprimido para "deixar para leitura futura". O autor parte do presuposto que o leitor é um programador, e que sim, tem um potencial alto para fazer uma interface rica, porém ele disserta, e com bons exemplos, até que ponto vale a pena excercer essa criatividade.

No Windows era possível trocar a barra de tarefas de local e redimencioná-la. Mas até que ponto a maior parte dos usuários realmente queria isso, em função dos que descobriam, do pior modo, que isso era possível? Com esse tipo de exemplo que ele defende a opinião. Confesso que dentre outras leituras que já tinha feito a respeito, que certamente não foram tantas quanto especialistas em Interface de Usuário, ou até mesmo um desenvolvedor típico de frontend, essa foi a que citou mais exemplos e a história por trás deles. Provavelmente o usuário típico deste site tende a trabalhar com interface voltada para sites, e não aplicativos desktop como é a tendência desta referência que estou passando, mas ainda assim o conceito por trás é valido.

Eu, por exemplo, mais por questões empíricas e experiência prática, quer seja explicando para pessoas como usar algo que programei, ou quer seja me imaginando como usuário pouco experiênte, antes mesmo de ler o Spolsky, já pensava em torno do mesmo, e creio que você leitor não saia muito disso também. Porém, pelo menos para mim, essa leitura ajudou a reforçar ainda mais a idéia de por mais complexa e abundante possa ser as caracteristicas que eu possa prover em uma aplicação, se houver mais pessoas na equipe, e alguém tiver maior experiência em Interface de Usuário, só vou discordar ou propor algo diferente se a solicitação que for feita parecer significativamente absurda ao que eu esperaria.

Outro ponto que realmente achei valioso, é o de que copiar um conceito não só pode deixar de ser ruim, como ser aconselhável. Os exemplos usados são em torno de Windows e Mac, mas serviu pra reforçar e não desmerecer a Microsoft, ou mesmo a Apple, em certas situações. Explico: nos ultimos anos, eu tendi a exteriorizar uma constatação minha de que o Windows estava ficando extremamente parecido com o Linux, a um ponto de que, se for pegar desde as camadas mais baixas de comandos via prompt, há um equivalente quase idêntico, senão igual, em ambos. No final das contas, simplesmente vi que não era que estava ficando igual, mas sim que eles sempre foram extremamente parecidos, porém que, quer seja por questões legais, quer seja por questões de orgulho, praticamente a diferença entre as interfaces eram a GUI. O texto que faço a referência foi escrito há uma década atrás, mas vejam que algumas críticas dele foram incorporadas em versões do SO da Microsoft, como é o caso de ser possível ir no extremo canto inferior esquerdo e clicar no botão do "iniciar", algo que em tempos de Win98, senão mesmo outros, por dois pixels não acontecia.

Enfim, a idéia geral é a de que, quanto menor for a possível frustração do usuário ao usar a sua aplicação, melhor. A criatividade é bem vinda quando se trata de cores, de algo que diferencie seu projeto até o limite de que ele deixa de ser apenas exclusivo e passa a perder usabilidade. E não importa se ela vai acabar usando de conceitos semelhantes de uma aplicação idêntica. Se o usuário chegar na sua criação, e souber usar com os conceitos que ele já sabe, ele tenderá a ficar extremamente feliz, independente se estamos falando de um usuário novato, ou um programador experiente.

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